sábado, 15 de junho de 2013
É engraçado porque eu olho as fotos na estante e elas são geladas comigo. Eu me abraço e fecho os olhos, tentando me convencer em vão que são seus braços que me envolvem. A dor me atinge como um soco no estomago quando eu vejo que você não está ali. Talvez nem eu esteja, eu fui com você, você só deixou pra trás vácuo. Um vácuo que nada nem ninguém preenche. Eu juro que eu tento, mas a vontade de chorar é mais forte que eu. A dor na barriga toma conta de mim toda e eu me encolho, machucada, abatida, sem mais nada. Eu sou como um suicida que beira o penhasco, esperando o beijo gélido da morte. Eu corro por labaredas que parecem não ter um fim. Elas me queimam e queimam e queimam, me consomem por inteiro sem piedade. Eu sinto falta de tudo em você, da sua boca na minha, do seu sorriso, do seu aperto, do seu toque, do seu cheiro... Então como você pôde fazer o que fez comigo? Como pôde quebrar todas as promessas que havia feito? Eu ainda olho o celular esperando ele vibrar com uma mensagem sua, ainda checo o email para ver se tem algo seu, ainda conto as horas pra saber se vou te ver. Mas minha espera é em vão, porque eu sei que você embarcou num trem que só vai... E nunca volta.
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